30 abril, 2009

Foi apenas falar de "dividir contas" - seja ela do restaurante ou a parcela da casa - que veio aquela chuva de 'direitos iguais'. Perdeu todo o sentido. Aliás, algumas frases nos caminhões fazem mais sentido do que "Nós, mulheres, queremos direitos iguais." Nós quem? Eu não!
"Eu quero poder ser mulher! Sem capa nem corda mágica. Deixar a espada iluminada no canto e sair da caverna!"

Direitos, quem me assegura, é a Constituição. Importa que ela diga que em caso de separação a mulher já pode ficar com seus filhos. Que em um ambiente de trabalho ela não pode ser tratada como um objeto sexual, nem ser diminuída nem humilhada. Que a mulher pode adotar uma criança, mesmo não sendo casada. Que ela pode ir a um posto médico e receber anticonpecionais e camisinhas. Que ela pode fazer a 'ligadura' e o governo tem que pagar e garantir eficácia e boas condições. E quero um dia ler que ela pode fazer de seu útero o que quiser: oferecer para aquelas que não podem gerar e escolher se aquele é o melhor momento. Quero um dia ver a puta de carteira assinada. Isso são direitos. Direitos de mulher. Foi por coisas desse tipo que elas queimaram o soutien.


O que cai bem mesmo é um COMPANHEIRO. E só por isso vale dividir as contas. E em partes iguais, mais me importa dividir a vida do que os cifrões.

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