13 agosto, 2011

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Há um silêncio profundo... e neste lugar não costuma haver silêncio.

Quando desses momentos, não lembro o depois. Não sei se porque é forte, doloroso, trabalhoso, rompante e explosivo. Se é como quando nascemos, e tem tanta coisa ao mesmo tempo... de repente respirar. Ou se é feito mesmo para esquecer, se esse depois nem existe. Ou nem esse silêncio. Poderia ser eu de ouvidos tampados - sem me dar conta. . .


Não... está mesmo silencioso demais. Não estava assim há um tempo atrás. Não... mas quando foi? Também não lembro. Foi uma cutícula de carne dura, uma partícula de poeira, foi uma ausência, foi umas das muitas coisas e sons e tudos que estavam aqui agora mesmo? Não sei e que agonia saber? Agonia?! Não... entre a causa e o resultado, este silêncio profundo é mais denso e pesado. Entre aquilo que foi e sabe-se lá o que será este silêncio profundo pega o peito com a mão e ele é forte! Muito forte... é um Golias que os pulmões tentam acompanhar, porque nem eles se lembram como agir. Neste lugar não costuma haver silêncio.

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